segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Claudião! É pra você, na Indonésia!

No balcão, o pai Ribeiro e o Cipó. Essa foto vai pro filho Claudião, na Indonésia, onde está jogando futebol.

E essa tecnologia toda, internet. O mundo gira ao redor da nossa cabeça. Não fosse o meio, impossível o Claudião se comunicar pelo futbolando, dizendo:

"so claudiao ..to aqui na indonesia faz 5 anos e faz 4 anos que nao vou pr brasil...nossa to com muita saudade de jogar na varzia ...to vendo as fotos dos jogos da varzia do taboao da serra rsrsrsrsrs muita saudade heim...abraco do claudiao"

Conheci o Claudião começando no Itaquacetuba, que treinava no campo da Regional, na estrada do Campo Limpo. Depois vi jogar no Madelâminas, Sossêgo, e não raro foram nossos encontros pela várzea. Correu atrás da profissão. Não é fácil se projetar no futebol profissional.

Eita, globalização! E lá está o Claudião, na Indonésia, jogando sua bola faz cinco anos.

Claudião, coincidência de percurso. Estava de carona com o Cipó, e paramos num bar pra cervejar. Encontramos seu pai, o Ribeiro. De posse da câmera registrei e publico aqui no blog.

Indonésia, futbolando chegando na área.

Pra você, Claudião

Viajando nessa, o abraço de todos nós...

Considerações de um palmeirense, após o clássico

O Palmeiras sofreu o inicial e duro revés. Não no pênalti cometido infantilmente pelo volante Léo Lima e o gol de Rogério Ceni, e, sim, na expulsão do meia Diego Souza, após se estranhar com o centro-avante tricolor Borges.

Os jogadores do São Paulo se posicionaram frente à bola, no grande círculo, dando tempo ao goleiro artilheiro retornar ao arco, impedindo o Palmeiras de sair jogando.


Pô, trata-se de um clássico mortal, na reta de chegada do brasileirão. Aí o juiz Sálvio Spindola expulsa dois dos desafiantes com que intuito? Pra ganhar o pulso da partida?

Ô manco, dá licença! O jogo está parado. Ali é idéia. E a responsabilidade diante do espetáculo? Extremamente nervoso, faltou cintura ao árbitro. Não que tenha influído no placar, mas em seu gabarito nada pode ser acrescido por sua atuação.

Perder o Diego Souza, o craque do time, o cara que articula e faz gols, foi preocupante. O prejuízo foi maior. Mas também o Diego Souza deu uma de manco. Se deixou cair na armadilha.

O técnico Luxemburgo sacou o zagueiro Mauricio e colocou o meia Evandro. Manteve postura de ataque. Criou as chances. Rogério Ceni é problema, pega e leva sorte.

O verde embora corajoso não tinha domínio emocional. O São Paulo sem sofreguidão trabalhou melhor a bola, ocupando os espaços do campo. O 2 a 0 nasceu de outra pixotada de volante Léo Lima.

Manco! Entregou a posse fácil de bola e deu bala pro contra-ataque tricolor. O Gustavo, em vez de ir pro combate, recuou e o Dagoberto acertou o tiro fulminante embaixo da asa do goleiro Marcos. O São Paulo soube vencer o 1º tempo.

Mesmo com as mexidas, Pierre, no lugar de Léo Lima, e Denílson, substituindo Sandro Silva, até os 33 minutos da etapa complementar vi o Palmeiras tenso, pronto pro velório.


Porém, num daqueles suspiros antes da famigerada morte, Denílson avança pela direita e dá o come humilhante no zagueiro André Dias. Na linha de fundo, momento crucial, levantou a cabeça antes de tocar paralela ao gol, rente a canela de Rogério Ceni.

Do outro lado, no 2º pau, Kleber se projeta ao chão e sola a bola pra dentro da malha da gaiola. O Palmeiras ganhou sobre vida.


E dois minutos depois, no vácuo do entusiasmo, Leandro cobra a falta da meia esquerda e o algoz Dagoberto, postado na barreira, resvala de cabeça o desvio.

Justiceira, a meu ver, a bola percorre o caminho oposto ao esperado por Rogério Ceni e vai dormir no seu canto direito. Entoado o renascer porcolindo, esperava o arremate. O golpe de misericórdia.

Pelo contrário. Misericórdia! O Roque Junior, que já havia tomado um rolinho de Dagoberto entre as pernas, travado com falta, atabalhoado derruba Eder Luís. O segundo amarelo é vermelho!

Manco. Ainda bem que o meia Hernanes deu uma de manco e desperdiçou a sobra da infração cobrada por Ceni. Sozinho, na cara do Marcos, aparou pra fora!

E eu, pregado a minha poltrona, me manquei por satisfeito e humildemente implorei pelo término do jogo.