terça-feira, 18 de abril de 2017

Da Ponte pra Cá é sarau a céu aberto na Praça do Campo Limpo

I LOVE LAJE NO FOMENTO À CULTURA DA PERIFERIA

Primeira semana de abril, segunda-feira, 03, a Praça do Campo Limpo esteve iluminada...

...não só pelo esplendor da lua cheia no céu ou pelos postes da elétrica luz. 

É um outro brilho a que me refiro.

"Gente nasceu pra brilhar e não pra morrer de fome", como diz Caetano Veloso.

A poeta Thata Alves (foto) é quem comanda o Sarau da Ponte Pra Cá, um encontro mensal que reúne escritores, músicos, poetas e artistas das comunidades. 

Não sabia, mas a Praça do Campo Limpo chama-se João Tadeu Priolli.

Engenheiro agrônomo, ele trabalhava na prefeitura municipal de São Paulo com paisagismo e ajardinamento em áreas públicas. 

Falecido aos 42 anos de idade, a comoção entre os amigos resultou num processo de batismo.

Eu moro na proximidade e logo cedo ali faço vista em minhas caminhadas.

Há quem beira o lixo da pedra, os carcomidos pelo álcool, os travestis, os largados, os da madrugada que saúdam o dia num samba desafinado...

E as dezenas de homens e mulheres, que, como eu, fazem do andar matutino um exercício pro corpo e mente.  

Um quintal. Um renovar-se. Um abrigo. Têm árvores, escola, Biblioteca, o Cita, a Casa de Cultura...

Tem o sarau do Binho, no terceiro domingo mês. A praça é arte de encontros... 

Noite de segunda-feira, da ponte pra cá enfeitada de guerreira poesia. 

E a praça do João Tadeu, que devia ser um cara legal, vive momentos de leveza e harmonia.

Chegando, passei por uma mesa e cumprimentei duas pessoas. Boa noite me responderam. 

Já acomodado, olhei para trás e o cara de chapéu resultou numa lembrança tipo eu conheço: Chellmi, estalou!

Olhei ao lado e shazan: Vagnão, do Sarau da Brasa. 

Ambos são poetas amigos da Vila Brasilândia e que não via há uma pá de tempo.

Vagnão veio ao Sarau da Ponte Pra Cá pra lançar seu livro de poemas: De Lágrimas, Revides e Futuros 

Na foto estão, Chellmi, Thata Alves e Vagner Souza. 

Aí o mano Vagnão foi chamado pra falar do seu novo rebento e eu captei sua poesia. Confira.

E cumprindo a minha missão de repórter pelo projeto I Love Laje no Fomento À Cultura da Periferia...

Fica pra nós um pouco do Vagner Souza, esse poeta guerreiro que tanto tem feito pelo movimento da literatura periférica.

Os saraus são uma verdadeira resistência em busca de oportunidades iguais pra competir. 


Reportagem: Marco Pezão

DO CAMPO LIMPO AO SINTÉTICO: 

POESIA SEM MISÉRIA

A VÁRZEA É ARTE

A VÁRZEA É VIDA


PARTICIPE!

Esse projeto foi contemplado pela 1ª edição do Programa de Fomento à Cultura da Periferia da cidade de São Paulo



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